Braquicefalia é uma deformidade em que o crânio do bebê tem uma aparência menor do que o normal. Comumente chamada de síndrome da cabeça chata, devido, nos primeiros meses, o bebê apresentar a cabeça achatada. A braquicefalia é o resultado da combinação prematura das suturas coronais (fontanelas), congênitas, ou de deformação externa (plagiocefalia), que acomete quando os bebês passam muito tempo deitados, já que não se é recomendado colocar o bebê para dormir de bruços, para evitar a morte súbita, sabendo que essa posição contribui, inclusive, para a asfixia e não deva ser utilizada para dormir.
Ou seja, essa deformação pode ser adquirida, mas, também, pode ser congênita. Pode acontecer ainda quando o bebê estiver na cavidade uterina. Esse caso acontece, geralmente, quando não há líquido amniótico suficiente para atenuar os movimentos do bebê na barriga da mãe. Em nascimentos múltiplos, também, corre o risco de achatar a cabeça gerando essa deformação, pois os bebês se comprimem uns contra os outros dentro do útero. Os bebês prematuros têm mais chances de sofrer com essa deformidade, já que seu crânio ainda não está totalmente desenvolvido e pode sofrer a deformação ao ser comprimido no momento do parto.
Como é o desenvolvimento do crânio do bebê?
O crânio é feito de placas de ossos, que iniciam a formação da sua estrutura quando ainda somos um feto, e só se completa quando já somos crianças, um pouco mais velha. Logo, o crânio de um bebê pode ser moldado e pode alterar sua forma conforme a pressão que sofre na cabeça. Logo, se uma determinada região da cabeça sofre bastante pressão de algo firme. Por ter o seu osso molinho, o crânio pode ficar achatado e, quando isso ocorre, ele tende a achatar mais ainda, por ter uma abertura nesta região.
O que chamamos de sutura, é a coronária, formada por tecido fibroso que se junta com o osso frontal e aos dois ossos parietais. É possível ver quando essa junção ocorre precocemente nos bebês com Síndrome de Down, mas podem ocorrer em casos de bebês que não possuem esse quadro. Muitos estudos vêm indicando que o formato do crânio é uma questão racial. Inclusive, classificado antropologicamente nas seguintes nomenclaturas:
Dolicocéfala: cabeças alongadas
Mesencéfalas: cabeças moderadas
Braquicéfalas: cabeça achatada
Sendo cada uma dessas classificações um elemento racial como pode ver.
Quais são as principais características clínicas da braquicefalia?
Você não precisa se preocupar se o seu bebê tem a cabeça achatada, a braquicefalia não é classificada como uma patologia, mas como uma deformação que com o tempo pode ser corrigida. Há dois tipos de deformação no crânio por achatamento: plagiocefalia e braquicefalia. No caso, a plagiocefalia é o mais comum de acontecer, em que um lado é mais achatado que o outro, com a aparência assimétrica e distorcida. Podemos verificar quando ocorre esse achatamento através do vértex que fica alto e sem simetria, além dos olhos e orelhas ficarem desalinhados. Já a braquicefalia é quando a parte da traseira do crânio fica plana, a cabeça fica com a aparência mais larga, porém simétrica.
Como é feito o diagnóstico da braquicefalia?
A braquicefalia pode ser diagnosticada sem nenhum método complexo, apenas com a observação do especialista se o crânio sofreu algum encurtamento longitudinal, deixando a região de trás da cabeça plana, larga e com as laterais curtas.
E como é o tratamento?
Nos casos mais brandos de plagiocefalia e braquicefalia, talvez, nenhum tratamento seja necessário e a cabeça pode ser corrigida naturalmente com o decorrer do tempo.
Existem, também, capacetes terapêuticos, que melhoram a simetria da cabeça do bebê, mas são utilizados só nos casos mais graves e com prescrição médica. E só surtem efeitos quando o crânio do bebê ainda é maleável, ou seja, até mais ou menos nos primeiros 14 meses de vida. Apesar de ainda ser um método controverso entre os especialistas, quando se é utilizado cedo, sendo o ideal fazer a correção até os 6 meses de vida, e em conjunto com um fisioterapeuta, tem bons resultados. Nos casos mais graves, a correção pode ser até cirúrgica (craniotomia), tudo dependerá do diagnóstico e o quanto antes o tratamento for iniciado.
As mamães podem tomar algumas medidas de precauções como: durante a gestação é importante estimular a movimentação e a troca de posições do bebê.
Após o nascimento, a mãe deve mudar frequentemente a posição do bebê e dos chocalhos e outros brinquedos na hora de brincar, para que a criança vire a cabeça para todos os lados.