A alfabetização emocional surgiu junto com as pesquisas de neurocientíficas na década de 1990, buscando compreender como o nosso cérebro trabalha os pensamentos e emoções, e como reconhecemos os sentimentos que nos incomodam para sabermos como gestionar e tomar decisões assertiva de acordo com o que estamos sentindo.
A criança aprende a controlar suas reações
Ao se educar emocionalmente, a criança aprende que é preciso relevar algumas situações ou comportamentos de outras pessoas, e pensar nas várias possibilidades de uma situação. Ao controlar suas reações diante do que lhe acontece, se frustra menos, construindo assim uma boa autoestima, compreendendo melhor o outro, desenvolvendo uma comunicação clara e conseguindo construir relações sólidas e saudáveis. Ter controle do que sente ao ponto de não agir por impulso é um sinal de ser saudável emocionalmente.
A criança com educação emocional busca o autoconhecimento por consequência, ao se tornar mais equilibrado, evitando ter comportamentos autodestrutivos e tóxicos com outras pessoas. Essa habilidade é fundamental não só na vida escolar da criança, mas na sua adolescência e, principalmente, na vida adulta. Lidar com pessoas, trabalhar sobre pressão e adaptabilidade são habilidades importantes para o sucesso profissional e pessoal de um adulto, porem, a base dessas habilidades são construídas quando somos ainda criança. Sua má construção pode gerar consequências sérias e de difícil reversão.
Dicas de como ajudar seu filho ter educação emocional:
- Separe o que gerou determinado sentimento na criança, a causa, do que ela está sentindo em si, o sentimento;
- Não minimize o que seu filho está sentindo, seja compreensivo, só assim, ele se sentirá à vontade para se expressar;
- Ajude a criança dar nome ao que sente, servindo de exemplo. Converse com ele desde bebê, mesmo que ele não fala ainda, mantenha contato visual para que seu filho desde pequeno entenda as expressões;
- Fale sempre o que ela faz conforme o que sentia, pois crianças vão construindo seu vocabulários aos poucos, então, não sabem ainda expressar em palavras o que estão sentindo. Costumam ter reações mais comportamentais, por isso jogam as coisas no chão, gritam, batem no coleguinha;
- Explique a ela que muito desses sentimentos são transitórios. Não fale no momento do ocorrido, pois, nessa hora, será difícil ele entender, mas relembre depois dele estar tranquilizado, de como a situação passou rápido.
- Seja exemplo para o seu filho, mostre a ele que você também passa por situações que causas sentimentos bons e ruins, mas que você sabe que passa logo e, por isso, age com mais naturalidade.
Educar emocionalmente é um processo em que buscamos analisar os nossos impulsos de forma racional. Logo, é preciso passar pelas seguintes etapas: a criança precisa identificar o que está sentindo; ela precisa saber utilizar as ferramentas que tem para expressar o que sente de forma saudável; e como a criança sabe reagir de forma assertiva, ela controla suas reações. Reconhecer e trabalhar essas etapas, não só irá ajudar seu filho a lidar com o que sente, mas, também, ele terá mais autocontrole e autoconfiança, lidando com as adversidades de forma mais leve e mais tranquila.