Sem dúvidas, a gravidez é uma das etapas mais importantes na vida de uma mulher, principalmente o nascimento do seu filho. Pois, além de ser tudo novo, é o marco de uma nova etapa que mudará sua vida para sempre. Muitas mulheres temem o parto vaginal devido a grande dor que causa e acreditam ser um procedimento invasivo.
O parto normal é um processo fisiológico
No entanto, o parto normal é considerado o ideal pelos especialistas. Já que é o momento em que o bebê se sente preparado para nascer, assim, diminui as chances de complicações e necessidade de ficar na UTI neonatal. Tudo acontece tão naturalmente que o pulmão do bebê, ao liberar uma substância, informa ao organismo da mãe que está no momento de entrar no trabalho de parto.
Ao receber esse aviso, o corpo da mulher produz, em maior quantidade, hormônios como: ocitocina e cortisol, que facilitam as contrações uterinas e ajudam a regular o estresse. Até mesmo o tórax do bebê é comprimido para facilitar a saída do líquido amniótico, reduzindo o risco de problemas respiratórios.
Depois que ambos se preparam para o parto, finalmente, o bebê passa pelo canal vaginal, e é uma expulsão natural. Esse momento pode ser menos doloroso com o uso de analgesia, já que esse é o medo de tantas mães.
Até quando passa pelo canal vaginal, o bebê é coberto por bactérias e fungos da região, o que ajuda o recém nascido a ter um desenvolvimento saudável, já que esses microrganismos auxiliam na colonização do intestino do bebê. Após essa etapa, o bebê também irá produzir sua própria microbiota, mantendo seu intestino saudável, o que é de extrema importância.
No útero, pela placenta, o bebê já tem contato com alguns micro-organismos necessários para construir as defesas do seu corpo, deixando seu pequeno mais forte e protegido.
Os obstetras inclusive têm recomendado o corte tardio do cordão umbilical, uns três minutos após o parto, pois o recém nascido recebe o oxigênio que é fornecido pela placenta, esse processo diminui as chances do bebê ter anemia no início da vida.
Um momento cheio de afeto
O parto é um momento único na vida de uma mulher, aliás, é um momento único para o casal. Principalmente porque a conexão entre mãe e filho se fortalece nesses primeiros minutos de vida. No parto normal isso acontece de forma ainda mais intensa, pois além do contato pele a pele, ele pode ir direto para os braços da mãe depois de nascer. E é bem mais confortável para as mães, já que a recuperação é mais rápida que a cesária.
Tem menos riscos de infecção, tanto para mãe como para o bebê, por ser um evento natural e não precisar fazer nenhum procedimento invasivo no corpo da mulher. Até o útero volta ao seu tamanho normal mais rapidamente quando a mulher tem parto normal, comparado a cesária. Dessa forma, a mãe pode se dedicar mais ao seu pequeno e a amamentação, que é, também, um grande desafio.
Benefícios a saúde do bebê e da mãe
O bebê se torna mais ativo e responsivo ao receber, também, as alterações hormonais que o corpo da mãe sofre. Muitos bebês que nascem de parto normal, e ainda não tem o seu cordão umbilical cortado, quando colocados sob a barriga da mãe, se arrastam voluntariamente até o peito para mamar, sozinhos.
Ao mesmo tempo, o parto normal também o acalma, ao passar pelo canal vaginal, o bebê é massageado, fica desperto e não estranha o toque das pessoas, já que esteve em contato com a mãe por todo esse processo, podendo assim, ir logo para os seus braços, sem precisar ficar de observação. Ele pode também ser amamentado, nos primeiros minutos de vida, o que acalma, não só o bebê, mas também a mãe.
A ocitocina também é grande responsável por diminuir o estresse, e esse hormônio só é liberado em grande quantidade no trabalho de parto, devido a todas as alterações endócrinas que o corpo da mulher sofre ao se preparar para esse momento.
Além de auxiliar no aleitamento materno, principalmente após o parto, é responsável por estreitar os vínculos afetivos e pelo prazer, já que reduz o estresse e o medo, e promove calma, conexão e cura.
Auxilia inclusive após o parto, tanto no estímulo dos cuidados materno, associando o cuidado do bebê com algo prazeroso, como facilitando o aleitamento materno e adaptação dessa nova realidade.